Uma lufada de ar fresco na posição mais débil do futebol atual

Poucas dúvidas surgem quando a tarefa é nomear aquela que é a posição mais fragilizada do futebol nos dias de hoje.

Os guarda-redes são e serão sempre os mais desvalorizados no futebol, mas na baliza não há nem de perto nem de longe a escassez de qualidade que há na lateral direita. Lahm é porventura o expoente máximo da posição, mas nem é legítimo categorizá-lo como lateral quando passa a maior parte do tempo no centro do terreno. Fruto disso não surpreende vermos hoje o Transfermarkt - um conceituado meio de avaliação de jogadores - rotular César Azpilicueta como o defesa direito mais valioso da atualidade. Ora, os grandes laterais já estão quase todos na casa dos 30 (Zabaleta, Juanfran, Ivanovic, Lichtsteiner, Debuchy, Piszczek, Dani Alves, Glen Johnson, Srna...) e exceção feita a Aurier, Danilo, Azpi, Carvajal, Kyle Walker, Coleman e Jung, que são jogadores bastante fortes no mercado, não há nenhum outro lateral que se destaque (Rafael, Chambers, De Sciglio, Montoya e Darmián ainda são projetos de jogador). E um nome que não é quase falado e que tem sido individualmente dos melhores da Europa é o do brasileiro Mário Fernandes. O jogador do CSKA é talvez um dos laterais mais completos do panorama mundial, no ano passado não fosse uma lesão e tinha cumprido o ano todo a alto rendimento e este ano pelo que defende (também pode jogar a central) e ataca vai ser certamente um lateral a ter em conta para uma futura mudança de clube, especialmente porque os grandes colossos com tão pouca abundância de qualidade no mercado vão procurar alguém que possa render no imediato.

Visão do Leitor (perceba melhor como pode colaborar no VM aqui!): Fábio Teixeira

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